Eu assisti ao Fight Club essa madrugada e embora o filme seja demais e com tiradas excelentes não me surpreendi com o final, pois hoje em dia os filmes tratam esse lance de alterego melhor que filmes na época.
Esse ‘eu melhor’ que o filme retrata, sem sombra de dúvida, é idealizado por todo mundo. Todos nós sonhamos em ser algo melhor e maior do que somos hoje.
Meu ‘eu melhor’ é mais legal, inteligente, bonita e confia mais nas pessoas. Ela apaixona-se, ela não dá o telefone errado para os caras que conhece e não usa sarcasmo para fugir deles.
Por outro lado, nós sempre queremos ser melhor que nós mesmos, mas nos filmes e quadrinhos super heróis e deuses querem simplesmente ser como nós, pobres mortais trabalhadores de segunda à sexta com vidas medíocres e sonhos semi-realizados.
Ou seja... nunca estamos satisfeito com o que temos. (clichê)
Se perguntarmos aos estudantes hoje o que querem ser, dirão que querem ser tantas coisas... mas no fim, quantos deles conseguem realizar o que querem? Muitos nem vão cursar uma faculdade, terem empregos permanentes, saúde ou mesmo boa ventura.
E com o passar dos anos ficamos mais frustrados. Cada ano que passa parece que queremos que as pessoas notem menos nossos aniversários por que não queremos que as pessoas percebam os s sonhos que não realizamos e que provavelmente ficarão apenas nas idéias.
Esse último parágrafo foi inspirado no filme “The Switch”, mas é pura verdade. E com isso, começamos a alimentar esse ‘eu melhor’ para ele possa viver o que não vivemos, alcançar o que não alcançamos e ser o que nunca seremos.
Sem mais, não diria que somos todos perdedores e que a ‘mágica do destino’ não existe. Ela existe sim! Talvez eu sonhe um pouco mais que o permitido, mas acredito que o ‘eu melhor’ também exista para que possamos no confortar depois de vivermos essa dura realidade cheia de decepções, correrias e perdas.
A única coisa que precisamos aprender é saber o quanto devemos alimentar o ‘eu melhor’ para que ele não cresça mais que nós mesmos.