Até há algum tempo atrás eu achava que amigo era aquela pessoa com quem você dividia uma mamadeira, depois uma Coca-Cola e hoje uma Garrafa de Cerveja.
Mas eu estava completamente engana. Amigos surgem e brotam do nada.
Na minha concepção, afinal a vida é minha e eu dou a ela o rumo que bem entender, amigo vai desde aquele estranho na rua que te avisa que o zíper da calça está aberto até aquela pessoa que segura sua mão e te conforma nos momentos mais difíceis.
Ora, ora, ora... Eu, que tenho poucos amigos, dizendo isso? Sim... Amigo é aquele que quer seu bem... e modéstia à parte, tenho poucos amigos, mas tenho certeza que todos gostam muito de mim.
Eu penso neles todos os dias e os adoro independente de cor, sexo, religião ou situação financeira. Mas o mais legal é que é recíproco.
Eles ouvem uma música dançandinha e lembram-se de mim e das coreografias.
Vêem uma foto mais animal e pensam em mim.
Presenciam uma cena brutal e sabem que eu gostaria de vê-la (nada de violência com animais).
Eu também tenho aqueles amigos que ao invés de encherem meu copo para darem mais risada me dizem “Vamos pedir uma Coca-Cola que você já está quieta demais”.
Outros agüentam minha TPM (Tempo Para Matar) como se fosse uma Segunda-feira chuvosa – esperam que bons tempos virão. Embora eu sabia que eu fico insuportável na TPM,eles me suportam porque sabem que em mais ou menos dias daremos risadas disso.
E por fim, mas nem por isso menos importante, vêm as patadas. Eu, delicada como uma flor, só tenho amigos Ogros e conseqüentemente o festival de coices e ricocheteadas corre solto. Mas no final tudo dá certo... como sempre teve que dar.
Os que não se encaixam ficam pouco e duram quase nada. Nem mesmo o suficiente para deixar saudades. Os que me marcam eu não largo porque sei quão preciosos eles são.
E é exatamente por isso que eu nunca os trocaria por nada nesse mundo!