sexta-feira, 30 de julho de 2010

Minhas Multi-Personalidades

Já pensou em quantas personalidades você assume durante o dia? Nada daquela falsidade de pessoa mascarada, mas mais voltada ao darwinismo do "adaptar-se para sobreviver".
Eu sou a mesma pessoa com diferentes temperamentos em cada lugar... em casa sou mais relaxada, brincalhona (quase a palhaça mesmo), no trabalho sou séria e fria, na faculdade a nerd que quase não fala com ninguém e prefere passar o intervalo devorando livros a conversar com outros alunos e no bar sou... bem, no bar difere um pouco. Tem a Gabi que bebe e adora dar risada dos "causos" dos outros e tem a entitulada pelos amigos "Bebi" que bebe e fica extremamente social e simpática (coisa que não sou em lugar nenhum). Mas o mais importante é que independente do lugar (casa, trabalho, facul ou bar) a essência de "Gabi" ainda existe.
Então, se a essência é a mesma porque criar essas personalidades? A minha resposta para isso é que crio escudos ao invés de personalidades. Como se quisesse me proteger.
A palhaça de casa que faz piadas o dia todo para minha mãe é para proteger nós duas da realidade que temos que suportar aqui (aquele lance de família imperfeita com pai problemático - esse papo fica para outro dia). A durona no trabalho é porque já ví e ouvi muitas coisas que fariam uma mocinha voltar chorando para casa, logo se eu estiver "firme" poucas coisas me atingem. E a "Bebi" é facilmente explicada pelos senhores José Cuervo, Jack Daniels e Sakê. Hahaha
É preciso se proteger para continuar vivendo e acredito que o darwinismo que citei no começo se encaixa perfeitamente... A teoria do "Os mais fortes sobrevivem" não se refere à força física, mas sim à capacidade (força) de suportar o que temos ao redor e continuar sobrevivendo para o bem de si próprio.
Eu acredito que seja forte o bastante para ambientes novos, embora eu seja hostil a eles por natureza. Mas a cada ambiente novo, uma nova personalidade surge.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ex-Bom é Ex-Morto!

Ah, vá me dizer que nunca pensou em matar seu/sua 'ex' só para se livrar do passado? Seria muito mais fácil do que reencontrá-lo(a) na rua/shopping/cinema e ainda por cima com a/o atual "você". Não que o sentimento de "ah, quero ele(a) de volta" faça diferença. Acredite, você não quer e não tem que querer! Mas são as más recordações que ele(a) traz que te fazem mal e dão aquela vontade imensa de pular no pescoço da pessoa a arrancar as tripas dele(a) pelos ouvidos!
Já dizia meu sábio avô "Um corda quando arrebenta pode ser remendada, mas o remendo sempre estará visível" e uma colega de serviço já disse "Figurinha repetida não completa álbum". Ah, eu adoro e sigo essas frases. Se não deu certo uma vez não tem porque dar certo de novo. Afinal de contas "A fila anda".
Bem, eu tenho instinto meio psicopata, acho que a morte resolveria muitas coisas na minha vida. É sério, acho que se pudesse me safar mataria tanta gente (pronto! Logo ouvirão de mim nos noticiários "Blogueria Serial Killer espalha terror").
Mas eu lembro quando estava com meu ex-namorado e a ex-namorada dele (quem não foi muito boa com o rapaz e deixou a baixa estima dele no negativo) aparecia eu apenas pensava "Porque essa vaca não morre?". Hoje se eu encontrar essa "vaca" na rua penso "Pobre vaca, teve que aturar aquele bosta por tanto tempo". Ela fez muito mal para ele: chifrou, mentiu, enganou e etc. Mas hoje, não sinto raiva dela. Sinto como se tivesse sido vingada antes de precisar. Eu mesma não seria capaz de chifrar, enganar ou mentir (covarde? Acho que não. Não acho certo).
Agora, se meu ex (principalmente o último) aparece ou tenta alguma coisa como 'contato' eu penso "Morfético, morre!". Puxa vida, queria que ele nunca tivesse existido na minha vida. Mas minha amiga tem um ponto importante em desefa do morfético: Lessons Learned. O tempo que passei com ele foi "bom" para eu aprender. Hoje não sou mais besta. E nenhum homem me faz de gato e sapato ou de tonta como o morfético me fez (Sim, caro[a] leitor[a] eu já fui daquelas mocinhas inocentes e apaixonadas que doavam o sangue, dia, feriado e família para estar ao lado de um cara que não valia nada disso).
Pois aprendi minha lição na prática.
Eu sempre fui fria, calculista, maquiavélica e maldosa. Não nego, não sou flor que se cheire. Mas hoje, eu assusto e intimido os homens. Isso é mau? Claro que é! Mas é minha defesa... e a minha arma número um é o sarcasmo. Acho que saí tão ferida desse último relacionamento que estou solteira até hoje por medo do que eu possa fazer com qualquer pobre coitado que queira um relacionamento sério comigo.
Eu não fui chifrada (pelo menos não sei se fui) ou enganada, sacaneada e coisas assim... mas são as pequenas coisas que fazem a diferença. Ou melhor, as indiferenças que fazem os detalhes. Não acho que ninguém deveria negar a sí próprio pelo outro. Que coisa! É falta de amor próprio! E eu sofri disso!! Eu cheguei ao ponto de perder o respeito por mim e minhas atividades e rotinas para atender às necessidades e rotinas dele. Logo eu? Pior de tudo era eu saber que estava errada e ainda continuar com ele sabendo o quão infeliz eu estava me tornando.
Juro que se pudesse mataria o morfético e aplicaria o milagre da ressurreição mais umas cinco vezes para matá-lo de novo e me vingar!
Mas não posso fazer isso na vida real (embora já tenha sonhado várias vezes que o arrebentei com tacos de beisebol, esfaquiei, dei tiros como o Exterminador do Futuro...) então, matei um pedaço do meu coração no lugar de matá-lo. Você, morfético, me deve uma! Agradeça por estar vivo, gordo e careca (Ooops! Escapou).
E eu sei que você que está lendo tudo isso também deve ter um pedaço do seu coração morto, aquele pedaço onde a doce inocência, total devoção e admiração pelo outro(a) estavam guardados. Hoje, mesmo que você esteja no melhor relacionamento do mundo (e espero que esteja - sempre torço para as pessoas encontrarem suas peças no quebra-cabeça amoroso) ainda assim sente aquele ressentimento do passado. Aquele vaziozinho porque alguém "partiu seu coração".
A cura, acredito que não exista... e não sou psicóloga ou psiquiatra para saber de verdade, mas acho que podemos mascarar aquela feriada que um dia vai se fechar (mas a cicatriz é eterna) e seguir em frente. Então, para não cometer um homicídio nós cometemos um "orgãocídio" e deixamos um pedacinho dos nosso corações apagado e esquecido para que a vida siga em frente e possamos tomar o fôlego de seguir adiante com a cabeça em pé e peito aberto para outro(a) pessoa que queria te fazer bem.
O tratamento para isso? Bem, meu tratamento para "orgãocídio" (processo que leva tempos [já ví gente que leva anos para isso, e acho que pelo fato de ser fria levei exatamente quatro dias]) são as coisas que me fazem bem: minha mãe e conversas hilárias com ela, meus amigos retardados enchendo a cara no bar e tirando fotos horríveis, meus amigos de Pira que fazem uma lavagem do bem na minha alma com tanta palhaçada e álcool, meu trabalho que me mantem ocupada e faz com que me sinta viva e meus livros onde eu viajo mais que o autor(a) e vou para outros mundos onde posso ser quem eu quiser (Com licença, mas sou do signo de Peixes! Viajar é comigo mesma) bem além de Passárgada! Com certeza deixo Manuel Bandeira e seu "vou-me embora para Passárgada" há milhas de distância para onde eu vou. E só volto quando estou curada.
Decepções eu já tive várias... com pai, parentes, amigos e colegas. Mas decepções amorosas apenas uma (e espero que seja a única e última). Sou orgulhosa demais. Embora eu saiba que nunca mais serei submissa que cancela a vida por outra pessoa tenho medo do que estar por vir e tenho medo de como posso ser. Já fiz um ou dois experimentos por aí e (Meu Deus) como me tornei um monstro.

Os meus quatro dias de "orgãocídio" foram horríveis e até hoje eu tenho medo de sentir o que senti. Hoje eu sei que estou curada mas não estou pronta para preencher meu coração com outra pessoa. Não até eu aprender a balancear meus sentimentos sem ferir outra pessoa por medo de ser feriada novamente.

Aos que já tem seu quebra-cabeça completo desejo muito amor e respeito. E aos que têm aqueles quebra-cabeças tortos eu peço paciência. Às vezes faz bem olhar o relacionamento de fora da caixa.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Arranhadores de Sonhos

Estava eu, linda, bela e fofa, nos meus últimos dias no trabalho antes de entrar de férias naquela sensação meio que "não vai dar tempo de deixar tudo arrumado antes das 18:00" e o desespero apertando quando do nada, surge o Ban-Ban-Bam do meu time (daqueles estilo chefão do chefe) para uma conversa (intimidadora) com todos seus subordinados (incluindo meu chefe e gerente). A primeira pergunta do Ban-Ban-Bam foi "Quem se certificou aqui recentemente?". Antes que eu pudesse responder meus chefes (orgulhosos por mim) já prontamente disseram que eu havia me certificado em MCTS SQL 2005. Para meu espanto e desapontamento a resposta do Ban-Ban-Bam foi "E não poderia ter tirado 2010? 2005 já está atrasado". Eu não sabia onde enfiar minha vergonha e explicar que essa, embora seja a primeira certificação e mais bostinha de todas, ainda é mais atualizada para a demanda que temos. E visto que nenhum cliente meu usa uma versão mais atualizada da qual me certifiquei eu estou mais que atualizada.
Além de não existir SQL 2010 e muito menos certificações para o inexistente SQL 2010. Mas isso é papo para Boi dormir.
Prontamente, meus dois chefes deram um rebolation e explicaram para o Ban-Ban-Bam isso que acabei de contar mas de forma mais polida pois se dependesse de mim as palavras seriam (crianças, saiam da recinto): "Porra, caralho! Seu filho da puta! Está querendo me foder?". Mas ainda bem que tem gente que consegue se controlar. Engoli minha vergonha, segurei minhas bochechas que ficaram vermelhas como tomate e fiquei lá com cara de paisagem ouvindo-o discurssar. Puxa vida! Já me sinto mal por ser a mais nova, com menos conhecimento e experiência. Ainda ouvir algo do gênero faz com que me sinta um grãozinho de areia no Saara.
Depois disso fiquei abismada. Como alguém que não entende o que eu faço pode vir me cobrar de algo que nem sabe a respeito? E que pelo visto nem procurou se atualizar ou entender o que faço para vir falar com o time. E tem mais: que arrogância de não admitir o erro e seguir em frente. Persiste como se eu ainda estivesse errada em querer melhorar.
Não vou deixar de correr atrás das próximas certificações por causa de um ignorante-arrogante. Mas todo e qualquer respeito que tinha por ele foi por ralo abaixo.
Seria a mesma coisa que eu me intrometer no trabalho dele e nas negociações com o cliente sem entender bulhufas dos Business' Needs. Eu sei meu lugar.

Pois entrei de férias com uma decepção grande nas costas (Ok, admito que dei uma choradinha de leve quando estava em casa e sozinha). Acredito que ela não foi pior porque meus chefes diretos (líder e gerente) me apoiam e muitas vezes acreditam em mim muito mais que eu mesma. Vide a cervejada rolando mundialmente sem panes nos bancos de dados! Caso contrário, estaria me sentindo uma merda.

Na faculdade eu aprendi, em todas as aulas, a me preparar para discursar ou dissertar na frente de qualquer pessoa. Seja ela expert no assunto ou iniciante. Parece-me que os Ban-Ban-Bam frequentaram as aulas de arrogância e intimidação por cargo e se esqueceram das aulas de preparação e empatia.

Ainda bem que hierarquia não muda minha cabeça. E sinceramente acho networking, seja ele por interesse ou para ambientar, uma bosta! Não sei ser social e não quero me socilizar com qualquer um.

Talvez eu esteja errada e deveria relevar e deixar de lado. Mas não consigo! Tenho um calinho bem dolorido que quando alguém pisa causa horrores. Eu não consigo perdoar (por isso não sirvo para ser católica e decepciono minha mãe) e nem esquecer quando me fazem mal.

Quando eu era mais nova (pirralhona mesmo) adorava ouvir meu avô tocar violão e cantar com ele:
"Oi que foi só pegar no cavaquinho
Pra nego bater
Mas seu contar o que é que pode um cavaquinho
Os home não vão crer:
Quando ele fere, fere firme
E dói que nem punhal
Quando ele invoca até parece
Um pega na geral

Genésio!
A mulher do vizinho
Sustenta aquele vagabundo
Veneno é com meu cavaquinho
Pois se eu to com ele
Encaro todo mundo
Se alguém pisa no meu calo
Puxo o cavaquinho
Pra cantar de galo"

Meu cavaco está afiado e tem gente que conhece o veneno dele.

Para os Ban-Ban-Bams arranhadores de sonhos só umas coisas: Empatia faz bem. Horizontalidade nas relações interpessoais auxiliam na imagem. E sonhos são para serem incentivados e não massacrados!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Está dada a largada no Blog de Odeath!

Estava eu, linda, bela e fofa, apreciando um waffle e um chocolate quente com meu amigo no Fran´s Café neste último sábado quando fomos abordados por uma mocinha cuja paixão pelo meu amigo fez com que eu quisesse desaparecer da mesa (meio que "plufft" mesmo e surgir em outro lugar... talvez nos braços do Johnny Depp). Ela surgiu do nada com uns amigos estranhos a minha pessoa, os quais foram totalmente ignorados quando a imagem de meu amigo apareceu em sua frente. A sensação nem era de que estava segurando uma vela ou muito menos um candelábro na verdade senti como se estivesse segurando todas as velas de uma proscição. O interesse dela em meu caro amigo é tão intenso que ela não pôde deixar de perguntar inúmeras vezes e em diretas e indiretas se estávamos tendo um caso. Eu, por minha vez, quis deixar bem claro que não misturo amizade e prazer (sabe-se bem que tipo de prazer estou falando). Amigo é amigo e Amante é Amante! Tive até vontade de dizer que sou lésbica para não partir o pobre coração da moça... mas não sou boa em mentiras (mesmo que as mais pequenas).
Mas essa mocinha apaixonada fez um comentário tão engraçado, porém interessante. Devo dividí-lo aqui, porém preciso explicar o porque deste comentário: Meu amigo, aquele pela qual sua paixão é imensa, é daqueles caras estilo urso... meio que um cobertor humano cheio de pêlos. Pois ela, para se mostrar mais que available soltou uma frase que Graças a Deus me tirou daquele clima horrível de ficar ouvindo aquela melequeira toda e ficar divagendo: "Mulher que não gosta de pêlo e como homem que não gosta de celulite".
Mas espere aí! Eu nem sou muito fã de pêlos... um ou outro até que vai, mas aquela coisa chewbacca me assusta demais! Ah, nem me venha me abraçar com tudo aquilo de pullover que se eu estiver com frio sei bem onde deixei minha blusa. Assim como eu respeito aquele homem que não gosta de crateras celulíticas que mandam beijo para você quando a "porpetinha" anda por aí de shortinho curto.
Na vida tudo tem que ter um balanço, não? Um pelinho aquilo... um furinho lá... e pronto! Equilíbrio entre os seres!
No fim, passei a noite pensando a respeito... no chewbacca ? Nãaaao!!! Mas em como coisas artificiais e estética contam mais que um cérebro afiado, senso de humor e sensualidade. Vou deixar para prolongar o assunto no próximo post. Queria ver a repercusão deste aqui.

Gostaria de começar meu primeiro post no Blog como vejo as coisas ao meu redor... sou louca, pirada e sem noção. Começo a falar das estrelas e termino falando de pão de queijo (?), mas acredite: consigo manter um link entre esses dois de uma forma inacreditável que nem eu sei como minha mente funciona.
Se você gostou, por favor, me avise e comente. Se não gostou, críticas (construtivas) são bem-vindas.

Está dada a largada no Blog de Odeath!