quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Clubinho do Contra


Modernização da vida foi até os momentos mais felizes das pessoas.
Essa semana percebi na assinatura de um colega a seguinte frase Happiness is only true when shared.
E sem sombra de dúvidas é verdade. Antigamente, quando visitávamos a casa de alguém a pessoa já vinha com aquela caixa de papelão cheia de álbuns de fotografias para te mostrar. Essa continua sendo a arma mais eficaz das mães e sogras contra seus filhos. É a forma que elas têm de dizer “Quer dizer que me deram trabalho e foram mal educados quando pequenos? Está aqui meu troco”. É vergonhoso, porém os amigos e namorados adoram ver esses vexames da nossa vida porque sabem que em suas casas a punição é igual.
Pois bem... ninguém mostra um álbum para um inimigo. Se alguém te mostra suas fotos é porque quer dividir com você essa felicidade. Do peixe que pegou, da volta de bicicleta ou da tia bêbada no churrasco de família.
Tendo dito isso, vamos passar para o tema desse meu post: O facebook vs. Sua felicidade compartilhada;
O facebook, atualmemte, é a maior rede social do mundo e baseando-me nisso, posso dizer que lá encontram-se seus amigos, parentes, colegas, pessoas dispensáveis e as que estão lá para você fazer média.
Ou seja, quando vejo algum amigo postando fotos da sua família, filhos ou animais de estimação, tenho certeza que essas fotos são direcionadas às pessoas que ele mais gosta. Ele quer mostrar o quanto está feliz na companhia deles. O mesmo acontece quando as pessoas postam fotos de suas baladas, bebidas, comidas ou ingressos de shows.
Da mesma forma que às vezes vejo postagens que fazem menção à parentes, amigos ou animais que já se foram. É a forma que as pessoas têm de eternizar (mesmo que por alguns segundos) sua saudade. É respeitoso, compartilho da dor e sei exatamente como se sentem.
Passando para um lado mais pessoal, eu aprecio quando vejo postagens de amigos colegas nas quais se veem belas fornadas de pão de queijo, bolos saborosos ou garrafas de cervejas. E também gosto de dividir minhas panquecas com brigadeiro, bolinho de chuva com Nutella ou cervejas “chiquetosas” com os mesmos. Repito, compartilho para amigos e colegas apenas.
Hipócrita é aquele que vem comentar ou curtir suas fotos de guloseimas, animais ou filhos e logo em seguida compartilham postagens com os seguintes dizeres “E se eu te dissesse que você pode comer sem compartilhar no facebook?“ , “Obrigada por atualizar seu facebook com sua comida” ou aquelas frases falando mal sobre os animais de estimação e pivetes catarrentos. Pior ainda é saber eles conseguem mais hipócritas que curtam seus posts. Para mim isso é um tiquinho de inveja, sabia? Por não terem um animalzinho companheiro para afagar, um belo prato de Ravioli bem feito e com carinho ou um ser para amar e chamar de seu. Para essas pessoas tenho apenas uma dica: bloqueie os meus posts e dos seus amigos. Pronto!
Finalizo meu post dizendo que para tudo é necessário balanço. O clube dos contra nunca estará sozinho. E concordo que algumas pessoas exageram em suas postagens no facebook. Claro, até eu me chateio com excesso de comida, unhas coloridas, fotinhos da cachorra como modelete ou aquela massinha catarrenta vestida com vários macacões. Deve existir um balanço. Mas se eu fosse balancear, teria que barrar postagens fanáticas religiosas, homofóbicas, super protetora dos animais, super protetora das crianças com Câncer no Amapá e de enfermeiras assassinas de animais. Muita coisa. Portanto, peço apenas que use a feature “esconder” e seus problemas estarão resolvidos!
Obrigada por ler até o final e Obrigada por curtir minhas aventuras culinárias, cervejeiras e da Brigitte & Penélope. E para você que está torcendo a fuça ao ler esse post, não se chateie. Apenas me bloqueie (ou me exclua do seu facebook de uma vez) pois é muito provável que eu já tenha bloqueado suas postagens.



domingo, 12 de agosto de 2012

O que dizem por aí


Eu poderia estar escrevendo sobre a maravilhosa viagem que eu fiz para Curitiba durante minhas férias. Mas o texto ainda está no forno e logo vou publicá-lo para ninguém ler.
Mas eu tive que dar uma pausa na narrativa da viagem para escrever esse aqui... Porque tem algo me matando, comendo por dentro e eu preciso falar. Quero falar sobre as coisas que eu ouço por aí e fazem com que os pelinhos da nuca se arrepiem.
Começando pela campeã de arrepios “Desencanada”.
Quando uma pessoa se define como “desencanada” eu corro. O que uma pessoa sensata quer dizer com isso? Que o seu sistema de encanamento não funciona corretamente e que ela faz xixi e coco pelo mesmo cano?
Dizem por aí que “desencanada” é sinônimo de pessoa desapegada, sem preocupações... é um hippie, é isso? Que usa calça Lee, camiseta Coca-Cola e tênis da Nike.
Eu acho que é o tipo de gente que ouve o CD do Coldplay ou Radiohead e põe para repetir todas as músicas ao término.
Eu diria, cuidado, hein? Do mesmo que você é desapegado, as pessoas se desapegam de você. Já dizia Mario Quintana que “O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você.” Se não preserva o que tem, não pode exigir que fiquem.
Outra coisa que eu acho engraçado, para não dizer irritante, é extravasar. Quem extravasa além da Ivete Sangalo?
Geralmente extravasar vem associado a qualquer coisa que está fora do seu ambiente comum. Por exemplo, “vamos viajar para Indonésia para extravasar”, ou “vamos naquela balada em Vitória do Parnaíba para extravasar”.
Quando eu ouço um rapaz dizer isso, imagino que seja porque ele quer sair catando geral mas sem ter fama de safadão. Vai lá para ‘ponte que partiu’ e exagera em tudo que pode e tem direito (ou não) e ainda sim mantém a imagem angelical que todos adoram.
Na maioria das vezes que ouvi uma mulher dizer que quer extravasar, é porque queria encher a cara e sair dando a rodo, mas ainda manter a imagem de santa (do pau oco) no seu ambiente familiar e de amigos e manter as aparências.
Não sei por que, mas sou contra isso. Eu acho que manter essa identidade dupla só te faz uma pessoa de mau caráter. Vai saber mais quantas personalidades essa pessoa adquire com os anos.
Eu não acredito numa pessoa que diz que “não tem histórias para contar”, ainda mais se a pessoa se diz vivida. O que passa pela minha cabeça é que essas pessoas têm sim histórias para contar, porém são tão obscuras ou causam tanta vergonha que precisam ser mantidas a sete chaves lá em Santa Rita do Passa Quatro.
Além disso, se você não pode ser você mesmo na frente dos que te cercam, que bosta de vida a sua, hein? A feiura das ações está na sua cabeça. Deixe-me explicar melhor: Se você acha que algo legal, lícito e com moralidade é feio, então é muito provável que seja apenas sua opinião te censurando.
Quer ver outra coisa tirar do sério? Quando você pede a opinião de alguém sobre determinado lugar e a primeira coisa que recebe como resposta é “Muito caro”. Geralmente quando você pergunta sobre algum lugar é porque quer saber se o ambiente é agradável, tem um bom atendimento e por fim se o preço é acessível. Mas tomar um corte desse é chato demais.
Também concordo que eu, na minha condição de pobre, não vou sair por aí acendendo charutos com notas de cem dólares ou pegar o coco da minha cachorra Brigitte com notas de dez reais (ela faz muito coco. Pegá-los com dólares sairia caro até para o Bill Gates), mas às vezes é interessante conhecer lugares novos e ver novos rostos. E, às vezes, para isso precisamos pagar um pouco a mais. Então, caro (a) leitor (a), quando alguém te perguntar sobre um lugar responda o que você acha do lugar, e por fim, opine sobre o preço. Mas começar e fechar uma descrição como “Muito Caro” é para aborrecer.
E para encerrar esse manifesto contra o que dizem por aí, volto a repetir que a Feiura está na cabeça de quem vê, fala ou faz. Não existe coisa feia a não ser que você ou um juiz ache. O fato de você viver sua vida da sua maneira, fora de padrões, grades ou estilo não quer dizer que você precisa ser julgado. Apenas firma minha teoria que quanto mais de bem consigo, mais pessoas te seguem porque elas se sentem bem ao seu lado, querem puxar (de forma boa) essa energia boa e vibrante que você transmite.
Um beijo para meus leitores fiéis (se é que ainda estão por aí). E um “olá” para os primeiros visitantes.