segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Dilema cruel: A Verdade

A verdade, nada mais é que uma história que convém às pessoas. Todos acreditam naquilo que lhes agradam e se encaixa em suas vidas.

E não estou me excluindo desse fato, digo que aquilo que não é “verdade” para mim deixa de existir. Eu apenas esqueço, ignoro ou passo por cima como se não estivesse lá. Não gosto de certas verdades e exatamente por isso, prefiro viver me enganando.

Quantas vezes nós (você leitor e eu) já acreditamos nas “verdades” que nos contam porque sabemos que assim como nós, outras pessoas também fogem daquilo que lhes perturba.

A filosofia diz que a verdade tem três lados: A de quem fez, a de quem conta e a de quem ouve. Eu acredito piamente nisso. Pois é mais conveniente acreditar e levar adianta aquilo que sua consciência traduz e não o que realmente acontece.

Exemplo:

A mulher: Larguei meu marido porque ele é um bêbado alcoólatra e não suportava mais conviver com três homens – o sóbrio, o bêbado e o com ressaca.

O homem largado: Minha mulher me largou porque sou um pobre coitado. Não podia lhe dar jóias caras e uma casa nova.

Os amigos (do bar): A vadia largou o cara para poder virar perua. Daqui a pouco ela aparece casada com um homem rico.

Claro, que na estória acima existem mais lados. Porém, queria deixar claro pelo menos três lados diferentes.

Se a verdade fosse tão fácil de engolir, Hollywood não ganharia milhares de dólares criando realidades irreais para as quais as pessoas fogem para se refugiar.

Não estou pedindo para que sejamos falsos e hipócritas, mas apenas tentando lembrar você, caro leitor, que às vezes a verdade, por mais cruel e inconfortável que seja, é a única forma de sairmos vivos.

Eu não quero morrer sabendo que poderia ter vivido mais se tivesse levado a verdade mais a sério. Mas não quero morrer pensando que poderia ter aproveitado mais minha mentira.

Dilema cruel!