segunda-feira, 29 de novembro de 2010

E os fins dos tempos chegando [Encosto Natalino]

Chegaram os fins dos tempos! Que tempos? Os tempos de 2010.
Oh, ano maldito para mim! Vá logo embora!
Mas também é chegada a hora de passar tempo com a família... O que? Você não tem família? Pegue a minha emprestada para o Natal... sem prazo para devolver! Afinal, espírito natalino traz todo mundo mais perto um do outro aquela sensação de estar perto dos entes queridos.
Tenho dó de quem trabalha no CVV nesses dias...
Época de ver aquele perú / chester / pavão / elefante ou mamute bronzeado sobre a mesa... aquela maionese assassina de ritmo intestinal, aquele arroz com gosto de panetone... aquele bolo de nozes que mais parece o Stay Puft, umas coisas estranhas com furinhos de cravo sobre a mesa e com rodelas de abacaxi (aviso de que vai pesar no estômago) e molho de abacate (essas coisas me deixam em dúvida: Como agora ou Como na sobremesa?). E não podia faltar toda aquela palhaçada de mil e parentes, amigos dos pais e vizinhos que te vêem todos os anos e, embora eu já tenha parado de crescer há uns cincos anos, ainda dizem que cresci com aquela frase de espanto disfarçado em espírito natalino "Como você cresceu!". Como assim? Só se cresci para os lados! E chamar de gorda em pleno Natal é muita sacanagem! Deixa para xingar no Carnaval quando a putaria está solta mesmo e não podem te culpar por ter enchido a cara.
Além disso, aquelas crianças encardidas, catarrentas e gordurentas correndo pela casa comendo os quindins que minha mãe fez para mim (eu sou egoísta com meus quindins). A vontade de matar cada uma e dar os pedacinhos para os cachorros de rua Ceiarem também não me falta. Mas [a porra] do espírito natalino não deixa nem quebrar um dedinho delas.
Passar o dia ajudando (ou pelo menos tentando ajudar [não tirei a carta de Dotes Culinários no jogo]) a mãe na cozinha, derreter naquele calor infernal do verão natalino (nessas horas que invejo os norte-americanos que podem colocar aquela tonelada de animal no forno sem derramar uma gota de suor devido à neve que cai lá fora no Inverno Natalino) e limpar a casa para todo mundo pisotear. E mais: não se pode xingar nada! É o espírito natalino que dá forças e põe o sorriso plastificado na cara!
Mas sinceramente falando... queria que esse espírito natalino fosse à Puta que lheu Pariu! Está mais para Encosto Natalino que espírito em sí! Para mim Natal seria uma Pizza, Coca-Cola, abrir presentes (sou Capitalista assumida) e abraçar apenas as pessoas que gosto (minha mãe). Nada de velhas perfumadas à naftalina e Chanel n#5 me dando tapinhas na bochecha, me desejando juízo e dizendo para eu mantê-las orgulhosas! E elas? Não me mantem orgulhosas de nada.... Nada de criança chorona com a cara parecendo a Primavera de Praga de tanto usar e abusar da minha maquiagem! Nada de gente que não sabe beber para lá e para cá. Nada de ver missa do Galo /Corvo / Abutre ou Urubú. Nada desse inferno de Natal!


Quero coisas simples, familiar, com pessoas simples e muito quindim!

Que o espírito de Natal se faça presente em nossos lares! E que esse Encosto vá para a Índia!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Eu fui pra Bahia!

Na verdade eu fui para Recife (PE), mas brincadeiras à parte aprendi essa comparação maldosa e preconceituosa com um amigo meu que trabalha comigo.
Estávamos almoçando quando lhe disse que eu iria para Recife, aí, mais tarde ele me perguntou quando eu iria para Bahia e eu lhe corrigi dizendo que era Recife. Então, ele me disse que subiu de Minas é tudo Bahia.
Na hora eu dei risada pois nunca tinha ido para Nordeste, e não conhecia nada a respeito. Apenas as fotos e reportagens da TV.
Mas não se pode levar tudo isso a sério.. afinal, interior de paulista não é composto de caipiras que papam capim, cariocas não são todos malandros e nordestino não é baiano!
Mas observei algumas coisas interessantes nesses dias que passei por lá:
- Buzina é essencial para se dirigir em Recife. Seu carro pode estar sem bancos, sem cinto ou sem rádio, mas não pode estar sem Buzina. Lá se buzina para virar uma esquina, avisar que o sinal abriu ou fechou, pedir licença, dar licença, parar, nascer do sol, nascimento de criança, chamar pedestres e por aí vai. Buzina é um instrumento importantíssimo lá! Certeza que levam a buzina tão a sério que pode-se multar um motorista que não esteja buzinando o suficiente no trânsito!
- O limite de velocidade é de, no mínimo, 200km/h. Ah, meu! Tinha neguinho passando chutado na avenida do Hotel. Claro que sabia-se que ele estava vindo pois o indivíduo vinha buzinando desde lá da pqp. A cidade não tem lombada (se não, bzuina para ela também) e isso facilita muito a agilidade dos motorista. Eu lá em Recife estaria perdida no volante...
- Ar Condicionado... Aahhh... que maravilha! Não dormiria ou comeria bem em Recife sem ele. Lá todo lugar (de hotel à botecão) tem ar condicionado. Todo carro (do fuscão preto ao importado) tem ar condicionado. Também, com aquele calor derretendo o cabeção...
- Homens lá não se chamam de Cabeção quando querem ofender ou xingar outro homem. Lá o diferencial é ser "cabecinha". Eu vou admitir que chorei de rir nessa. A anomalia física é ter a cabeça pequena... e ouvia o povo gritando: "Oh, Cabecinha" ou "Não, cabecinha!".
- Bode! Bode para tudo que é lado. Lê-se o cardápio: Quatro pratos com carne bovina, dois com carne de frango, seis ou dez de peixe e camarão e duas *páginas* com carne de bode! Ainda fomos a um bar chamado "Bode & Cia" (Excelente o bar! Super recomendado! Cerveja gelada, caipirinha nevada deliciosa e o preço muito barato!) mas a especialidade, bode, é exagerada! Valeu a pena para conhecer.
- Caldo?! Naquele calor, naquele inferno na terra... Eu, linda, bela e fofa, suando na praia e me passam vários tiozinhos vendendo Caldo: de Feijão, Batata, Camarão e Bode! Minha Nossa! Haja força para aguentar.

Mas, mais uma vez brincadeiras à parte, mas Recife e Olinda são lindos. A cultura que se acumulou naquelas cidades é fenomenal... tem a parte triste que é a população não valorizando essas riquezas (pixações, destruições e coisas do gênero). Além disso a violência é muito alta (o que não se pode esperar em uma cidade turística). Mas os poucos lugares que visitei me deixaram muito emocionada: Como meu Brasil Brasileiro é bonito!

E trouxe algumas coisinhas de Recife para mim... fotos (com a amiga que foi junto), presentinhos, Bolo de Rolo (Que delícia), bronzeado (estou da cor do pecado) e um chapéu!! Só não pude trazer aquele francês que achei no aeroporto de Guararapes... fica para a próxima.

Então tá! Eu não te ligo e você não me telefona... e meu relato de mais uma viagem deliciosa termina por aqui!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Morte às Baratas! JÁ!

Ah, mas é certeza que amanhã brota WWF, Green Peace e qualquer outra ONG de proteção da caralhada natural aqui na porta de casa me acusando de crueldade com seres vivos.
E barata lá é ser vivo? Bichinho nojento...
Pois ponha um leão faminto, lambendo os beiços, a ponto de me devorar na minha frente que eu não grito tanto quanto se tivesse uma barata nojenta e feia passando do outro lado da sala.
Pelo menos uma coisa eu tenho que agradecer às baratas nojentas (pára de usar pleonasmo, Gabriela! Barata é nojenta! Nojento é barata!): Eu posso sobreviver a qualquer ataque de bombas com gazes! Também... depois da quantidade de inseticida inalado nesses verões todos na luta para manter as baratas noj.. baratas longe do meu quarto, eu sobrevido a qualquer coisa tóxica! Nem me venham com bombas de gazes de efeito moral e tralalá que eu saio ilesa!
Bicho estúpido... nem voar sabe. Outro dia minha mãe foi matar uma no quintal (é, porque a Brigittinha [cachorra] e eu estávamos segurando os gritos na cozinha) e a danada da nojentinha quis voar. Mas foi 'a' festa! Barata voando para todos os lados (porque esse bicho idiota não sabe voar em uma única direção. Tem que fazer acrobacias e dar várias voltas e passar por todos os cantos), eu correndo para um lado, Brigitte para outro e minha mãe para o lado oposto. Um show! Parecia ensaiado.
Os gritos então! Deixaria qualquer Beyoncé com inveja dos agudos!
Pelamor de Deus... barata não deveria existir... e se matam para mim (porque eu não mato mesmo) ainda peço para ter certeza que está morta bem morrida. Sou a favor da crueldade para matar baratas! Esse negócio de 'uma vassourada e já deu' não é comigo. Tem que sentar a marreta mesmo!
Eu não seguro a voz quando o assunto é essa nojentinha. Capaz de ser vencedora de qualquer American Idol aí se colocassem uma barata perto. Se bem que se colocassem uma perto de mim, eu estaria correndo para o outro lado e aí seria campeã de atletismo.
Quase fui atropelada uma vez quando estava com meu ex-namorado andando românticamente pelas ruas. Eis que surge esse treco nojento para atrapalhar o romance. Corajosa como eu, larguei o rapaz e corri! Meio que "Run, Forrest, Run", sem destino, sem rumo e sem ver os faróis dos carros na minha frente. Se não fosse meu ex me segurar pelos braços e com uma perna pisar na danada, eu estaria fazendo companhia à minha avó lá no céu (doce esperança de ir para o Céu).
E a vez que uma barata veio me "peitar" em um dos prédios fedorentos do meu trabalho. Já falei que lá é mofado, sujo e porco.. mas dessa vez a bicha meio que partiu para cima de mim. Estava eu, linda, bela e fofa, saindo dos banheiros e ela correndo na minha direção. Não sei era carência, se era maldade ou se ela gostou de mim. Mas ela correu para o abraço e eu corri para fora gritando. Que vergonha! Teve que gente que parou a reunião na sala ao lado para ver a moça que estava sendo estripada.... quando se deram conta da barata ainda fizeram caras e bocas para mim.
Só eu conheço meu medo... e certeza que as baratas nojentas também! Insistem em me ver de vez em quando... na rua, faculdade, trabalho e banheiros.
Pois eu causaria o maior impacto ambiental e exterminaria as baratas!

Hasta la vista, fuckers!